HISTÓRICO DO COLÉGIO

  58 anos de História

Emílio Zuñeda uma Escola Cidadã

Prof. Valdoir Dutra Lira

Ex-diretor do CEEZ

 

                 Uma educação de qualidade constrói-se no coletivo e para o coletivo e implica, necessariamente, mudança na proposta político-padagógica e na organização curricular. O Colégio Estadual Emílio Zuñeda, como veículo de escuta e de ação, através de sua comunidade, apresenta essas características e, para a maioria dos profissionais, que atuam hoje no quadro funcional do Colégio, a educação de qualidade é uma possibilidade de romper os paradigmas não só da educação tradicional, mas também da sociedade tradicional, que não está acostumada a participar das decisões coletivas a respeitar a diversidade de opiniões.

                Os princípios democráticos e humanistas que norteiam a instituição escolar “Emílio Zuñeda” geram uma fonte de saberes e inculcam na mente e no coração de todos a tão sonhada sociedade inclusiva, na qual as diferenças não sejam diferenças e a igualdade de oportunidades não seja uma luta constante, mas sim, um direito adquirido. De acordo com Mantoan (2003) a abertura das escolas às diferenças tem a ver com uma revolução nos processos de ensino e de aprendizagem, pois o que se propõe é o rompimento das fronteiras entre as disciplinas, ou melhor, entre o saber e a realidade; a multiplicidade e a integração de saberes e das redes de conhecimento que aí se formam; a transversalidade das áreas curriculares e a autonomia intelectual do aluno, que é o autor do conhecimento e que por isso, imprime valor ao que constrói individualmente e coletivamente, nas salas de aulas.

              Não temos a pretensão de ser a escola dos sonhos, mas nos questionamos diariamente sobre a nossa prática enquanto agentes educacionais e buscamos sempre preparar nossos alunos para a vida, para o mundo do trabalho e para a Universidade. Trabalhamos com um projeto educativo inovador, baseado na autonomia dos estudantes, na criatividade, na imaginação e nas grandes idéias que se somam um trabalho consciente e comunitário.

 

HISTÓRICO DO COLÉGIO

58 anos de História

                                                                                                  

Colégio Estadual Emílio Zuñeda foi criado em 2 de março de 1956, como Escola Técnica de Comércio de Alegrete, patrocinado pela Sociedade Educacional de Alegrete, como entidade de direito privado. Ocupava, nesse tempo, o prédio do Instituto Estadual Oswaldo Aranha, no horário da noite.Em 24 de dezembro de 1963, funcionando no mesmo local e já como Curso Comercial Básico, foi encampado pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul, passando então a ser Escola Estadual.Através do Decreto n.º 18090, de 04 de outubro de 1966, a denominação do Colégio foi alterada para Colégio Comercial Emílio Zuñeda.Em 27 de fevereiro de 1978, conforme decreto n.º 26760, passou a ter a denominação: Escola Estadual de 2º grau Emílio Zuñeda e, atualmente, chama-se Colégio Estadual Emílio Zuñeda.

Como patrono, foi escolhido o médico alegretense Dr. Emílio Zuñeda, por seu reconhecido humanismo e por sua dedicação profissional. O dia do aniversário do Colégio, 02 de maio, foi escolhido por coincidir com a data de nascimento do patrono.

Nos anos 80, o Colégio elegeu a seguinte filosofia: Preparar para o exercício consciente da liberdade. Essa base filosófica norteou a prática pedagógica da Escola até o ano 2000, quando se deu a alteração do Regimento Escolar. Todos os segmentos da comunidade escolar aprovaram, então, dentro do espírito do novo regimento, uma nova filosofia: Educar com liberdade, igualdade e humanismo.

Foram nomeados/as diretores/as do Colégio: Miguel Dorneles Siqueira; Carlos Romeu Grande; Franklin de Souza Guedes; Sérgio Lisboa; Raimundo Luiz Marinho Carvalho; Clarice FogliatoMariot (por duas vezes); Cláudio Amilton Rosso, Amir Peres dos Anjos; Maria Luiza Colleti da Silveira; Alexandre Gomes Souto.

Das lutas do Magistério Público Estadual, resultaram conquistas importantes, uma das quais foi a eleição para diretor(a) da Escola. Assim, pela primeira vez, em 1988, foi eleita Diretora pela comunidade escolar a professora Gleci Macagnani Dorneles. Como sucessora, foi eleita diretora a professora Virgínia de Almeida Pires do Rosário que não foi empossada por determinação do Governo do Estado. Em seu lugar, foi nomeado pelo então Governador (1990-1994), o professor Jairo Tasso da Costa. Na sequencia, garantido o restabelecimento do processo de eleição para direção de escola, foram empossados/as: Tharzil Ayres Vianna; Márcia Iara da Costa Dornelles; Cecy Maria Martins Marimon Gonçalves e Valdoir Dutra Lira.

Exercem suas atividades no Colégio 88 professores/as e 23 funcionários/as, atendendo a aproximadamente 1700 alunos e alunas nas diversas etapas de ensino desde a educação infantil, educação básica e educação profissional. 

Hoje o colégio possui salas temáticas de Biologia, Química, Matemática e Física, Arte, Linguagens, Ciências Humanas e Informática, Laboratório de Recuperação de Defasagens de Leitura e Escrita e Espaço Cultural.

O Colégio realiza parcerias com a Universidade Federal do Pampa –Unipampa, Campus Alegrete, através do Programa Novos Talentos da CAPES, com formações continuadas e viagens de estudos para professores e alunos do Colégio e, com o Centro de Equoterapia de Alegrete, através do Ponto de Cultura “Cavaleiros Especiais”, que realiza oficinas e atividades culturais para a comunidade do Colégio e demais comunidades alegretenses.

 

EMÍLIO ZUÑEDA – PATRONO DO COLÉGIO

 

Dr. Emílo Laydner Zuñeda nasceu em Alegrete, à rua dos Andradas, no dia 2 de maio de 1909. Cursou a Universidade de Medicina em Porto Alegre. Começou a trabalhar, em Alegrete, como médico cirurgião. Desempenhou funções de Chefe de Diretoria da Valorização da Terra, designado pelo Presidente da República.

Sua competência, como cirurgião, durante os anos em que esteve se dedicando à Medicina, tornou-se notória em toda Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, em cujos municípios desfrutava de simpatia, especialmente, entre as classes menos favorecidas.

Dedicou-se também à triticultura, conseguindo a liberação de volumosas verbas para a Fronteira Sudoeste do Brasil.

Em 1962, no dia 20 de setembro, o Dr. Emílio Zuñeda faleceu em acidente aéreo, juntamente com o Dr. Ruy Ramos e Prof. Nehyta Ramos.